sábado, 15 de outubro de 2011

Orgulho de ser Professora... 15/10/2011

http://www.youtube.com/watch?v=2U-M8Tp78Q

(tradução)

Como é difícil dizer adeus às crianças quando o ano se encerra... Ah, que profissão difícil nesse sentido!

Passamos o ano nos dedicando, encontrando formas de chegar em cada um, junto aos nossos grupos de crianças... Empenho em realizar o máximo que pudermos e conseguirmos... Cuidamos, educamos...

Enfrentamos as adversidades que o mundo dos adultos, na escola e na sociedade, nos impõe! Buscamos superar todas as frustrações, desrespeitos, “abandonos pedagógicos” e os não reconhecimentos os quais estamos sujeitos, sempre em consideração à criança. Fazendo o máximo possível para manter o profissionalismo e uma postura de exemplo. Enfim buscamos honrar e respeitar a criança e o nosso papel na sociedade, dentro e fora da escola.

Sim, infelizmente, existem maus professores, maus profissionais, como em toda a profissão, isso não está no controle de qualquer ser vivente. Mas a maioria não pode ser minimizada à minoria. São, geralmente, companheiros(as) desavisados(as) e carentes de atualização e formação continuada, muitas vezes, oriundos e vítimas do próprio sistema e, também geralmente, completamente abandonados e à deriva por este mesmo sistema, principalmente o público. Mas - implacavelmente - sob o jugo do “vigiar e punir” que muito bem define Foucault, o qual muitas vezes, tristemente, tem eco na relação com as crianças.

Se a “criança é feita de cem”, conforme o saudoso Loris Malaguzzi imortalizou (http://baguncinhacantinho.blogspot.com/2010/08/crianca-e-feita-de-cem.html), nós professores e adultos certamente, também, um dia, já fomos cem...

Então, fazendo aqui um pequeno trocadilho eu afirmo: eu me recuso passar de CEM a SEM...

Parabéns a todos nós professores e professoras que, apesar da solidão e abandono intelectual ao qual nos encontramos em nossos locais de trabalho, resistimos e não deixamos nunca de objetivar o nosso melhor... Em ação, atuação, exemplo, e exercício da nossa profissão... Afinal, “nossas” crianças merecem...

Merecem a base forte da nossa empolgação em formar mentes férteis, curiosas, investigativas, bem informadas, e as asas de corações afetuosos, solidários e autônomos, exemplificando o ensinamento de que cada um, e todos nós, temos nossa história nas mãos e, dentro do nosso universo particular e nas trocas com o(s) outro(s), podemos escrevê-la e sermos sujeitos das mesmas na busca da realização como indivíduos, e no fortalecimento de uma sociedade mais justa e igualitária, independente de qualquer instituição social existente.

Denise Cristina Nogueira

Professora de Educação Infantil

15/10/2011

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