terça-feira, 18 de outubro de 2011

Envelheço...

Envelheço quando me fecho
para as novas idéias
e me torno radical.


Envelheço quando o novo
me assusta. E minha mente
insiste em não aceitar.


Envelheço quando me torno
impaciente, intransigente
e não consigo dialogar.


Envelheço quando meu
pensamento abandona sua casa.
E retorna sem nada a acrescentar.

Envelheço quando muito me preocupo e depois
me culpo porque não tinha
tantos motivos para me preocupar.

Envelheço quando penso demasiadamente em mim mesmo e conseqüentemente me esqueço dos outros.

Envelheço quando penso em ousar e já antevejo
o preço que terei que pagar pelo ato,
mesmo que os fatos insistam em me contrariar.

Envelheço quando tenho a chance de amar
e deixo o coração que se põe a pensar:
Será que vale a pena correr o risco de me dar?
Será que vai compensar?

Envelheço quando permito que o cansaço
e o desalento tomem conta da minha alma
que se põe a lamentar.

Envelheço, enfim, quando paro de lutar!

(Desconheço o autor...)

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